Biografia
Albuquerque Mendes nasceu em Trancoso, em 1953. Hoje, vive e trabalha em Leça da Palmeira.
Tendo pertencido ao Grupo Puzzle desde a sua criação em 1976, até à sua última exposição em 1980, e fundado, com Gerardo Burmester, a Associação de Arte Espaço Lusitano, um dos mais dinâmicos lugares de revelação da jovem arte portuguesa em meados da década de 80, Albuquerque Mendes tem protagonizado uma das mais activas e intensas presenças na cena artística portuguesa.
Frequentou o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), entre 1970 e 1975, e aí realizou a sua primeira exposição individual, em 1971. Criou a sua primeira intervenção, A Arte é bela, tudo é belo, para o 1000011o Aniversário da Arte, celebrado no CAPC no dia 17 de Janeiro de 1974. A segunda edição dos Encontros Internacionais de Arte em Portugal (Viana do Castelo, 1975) serviu como ambiente propício a Albuquerque Mendes para a apresentação do primeiro ritual pagão que concebeu, Ritual.
Destacam-se, entre as mais recentes exposições e projectos, individuais e colectivos em que participou, as exposições:
O frio da casa permanece no meu corpo, no Museu da Guarda (Guarda, Portugal, 2024), Na próxima encarnação Beijo-te na boca, na Galeria Graça Brandão (Lisboa, Portugal, 2023),O Homem que vê aviões debaixo da Terra, Espaço Concreto no Cineteatro Garret (Póvoa do Varzim, 2022); Na inquietude do desejo, curadoria Maria de Fátima Lambert, Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto, Portugal, 2019); FOGO, curadoria Agostinho Santos, Casa-Museu Teixeira Lopes/Galerias Diogo de Macedo (Vila Nova de Gaia, Portugal, 2018); Jugglers – Problemas e Insolvência, na Galeria Graça Brandão (Lisboa, Portugal, 2017); Nunca fiz uma exposição de desenhos, curadoria de Paula Pinto, no CAAA, Centro para os Assuntos de Arte e Arquitectura (Guimarães, Portugal, 2016); O Lugar da Casa, Cooperativa Árvore, (Porto, Portugal, 2015); 23 Décembre 1888, com curadoria de Fátima Lambert, na Quase Galeria (Porto, Portugal, 2014); Prometheus fecit – terra, água, mão e fogo, com curadoria de Fátima Lambert, no Museu Nacional Soares dos Reis (Porto, Portugal, 2014); Estratégias para de(mu)rar o tempo, com curadoria de Fátima Lambert, na Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio (Porto, Portugal, 2014); Paradoxos degenerados: entre ações, pensamento e obras, na Carpe Diem – Arte e Pesquisa (Lisboa, Portugal, 2014); Festim, na Galeria Graça Brandão (Lisboa, Portugal, 2013); den dag manden faldt ned fra himlen i Danmark na Galeria Nuno Centeno (Porto, Portugal, 2012) e Eu tenho 58 anos e isso não quer dizer nada, na Galeria Graça Brandão (Lisboa, Portugal, 2011); a instalação Making of / La Creazione na Chiesa Sant’Antonio dei Portoghesi (Roma, Itália, 2010); a performance They shoot horses, don’t they? (com Beatriz Albuquerque) na A Sala (Porto, Portugal, 2009); Camino de Santo (com Nelson Leirner), exposição itinerante entre o Instituto Valenciano de Arte Moderna (Valencia, Espanha, 2009); a Casa das Americas (Madrid, Espanha, 2009) e o MEIAC (Badajoz, Espanha, 2009); Natureza e Crueldade, exposição antológica no Museu de Arte Contemporânea de Nitéroi, (Nitéroi, Brasil, 2005); a performance Guanabara Bay na Galeria Graça Brandão (Porto, Portugal, 2004) e Confesso no Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto, Portugal, 2001).
A sua obra encontra-se representada em coleções particulares e públicas, incluindo a Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Museu de Serralves, Porto; Coleção da Caixa Geral de Depósitos, Lisboa; Coleção Millenium BCP; Coleção Berardo, Lisboa; Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE); Museu de Arte Contemporânea do Niterói, Brasil; Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Brasil; Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo (MEIAC) Badajoz, Espanha.